Monday 17 December 2018

Conheça o trabalho de dez artistas plásticos que se dedicam ao ativismo ambiental em suas obras


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Conheça o trabalho de dez artistas plásticos que se dedicam ao ativismo ambiental em suas obras




Obras de arte são uma importante ferramenta para transmitir mensagens de consciência e sustentabilidade. Conheça esses artistas que transcendem a estética em busca da luta ambiental

Obras de arte que se dedicam ao ativismo ambiental
A arte tem um potencial provocador. Muitos artistas a utilizam como ferramenta de ativismo. Entre as correntes destaca-se o ativismo ambiental (saiba mais sobre a arte como ativismo ambiental). Com a arte contemporânea, a produção artística reinventou suas fronteiras e começou a transitar em novos territórios, utilizando linguagens como performances e instalações. Ela pode ter caráter efêmero, ser uma intervenção na cidade, mas vai provocar uma reação no contato com o espectador, mesmo que seja de estranhamento. E se você pudesse fazer as pessoas se questionarem, nem que por um instante, sobre as questões ambientais? É o que esses artistas fazem.

Agnes Denes

agnes deves campo de trigo
O campo de trigo é o mais conhecido trabalho da artista conceitual e pioneira na arte ambiental, Agnes Denes. Ele foi criado durante um período de seis meses, na primavera, verão e outono de 1982, quando Denes, com o apoio do Fundo de Arte Pública, plantou um campo de trigo dourado em dois acres de aterro coberto de escombros, perto de Wall Street e do World Trade Center, em Manhattan (agora o local do Battery Park City e do World Financial Center), nos Estados Unidos. A obra é um forte ato discursivo para demonstrar que um terreno baldio pode ser útil. Após o plantio, mais de mil quilos de trigo foram colhidos e distribuídos para 28 cidades ao redor mundo.

Mierle Laderman Ukeles

ukeles
Desde 1976, a feminista Mierle Laderman Ukeles é artista residente do Departamento de Saneamento da Cidade de Nova Iorque. Seu trabalho incorpora o diálogo e a participação da comunidade em torno de questões centradas na vida e na sustentabilidade. Ela chamou a atenção para a manutenção dos sistemas ecológicos urbanos em geral, para a transferência de materiais usados ​​e recicláveis ​​e para a vida de trabalhadores de manutenção diária. Ukeles focou suas energias criativas em uma série de projetos de longo prazo: Touch Sanitation (1978-1984), Flow City (1983-atual) e Fresh Kills Landfill and Sanitation Garage (1989-atual). Estes projetos fornecem pontos de acesso e informações para visitantes sobre questões de gestão de resíduos urbanos.

Wendy Osher

something in water
Esse projeto ecocolaborativo conectou mulheres de todo o mundo, usando sacos de plástico como matéria-prima para fazer crochê em formato de mamas. Osher juntou os componentes para fabricar uma forma colorida e orgânica atraente, para chamar a atenção para as toxinas que escoam para águas internacionais. A obra se destina a aumentar a consciência social sobre a importância de corrigir a contaminação da água. Em conjunto, as mulheres apontam como sacos de plástico estão ligados ao veneno que vaza para a corrente sanguínea e afeta diretamente o leite materno das mulheres e o futuro das gerações vindouras.

Frans Krajcberg

frans krajcberg
Krajcberg luta e grita contra o que chama de barbárie do homem contra o homem e do homem contra a natureza. “A minha vida é essa, gritar cada vez mais alto contra esse barbarismo que o homem pratica”. Ele faz da sua arte um grito de revolta ao transformar restos de troncos e galhos calcinados após queimadas em esculturas. "Quero que minhas obras sejam um reflexo das queimadas. Por isso, uso as mesmas cores: vermelho e preto, fogo e morte".

Nele Azevedo

Nele Azevedo
"Melting Men" é o projeto mais famoso da artista Nele Azevedo. A obra consiste na instalação de centenas de bonequinhos de gelo. O objetivo é abordar um dos assuntos mais urgentes que ameaçam a nossa existência neste planeta: os efeitos das mudanças climáticas. Em 2009, a artista se uniu com o World Wildlife Fund e colocou 1.000 figuras de gelo na Praça Gendarmenmarkt, em Berlim. A instalação correspondeu com o lançamento do relatório do WWF sobre o aquecimento do Ártico.

John Fekner

john feker
Em sua obra, o artista de rua John Fekner trouxe mensagens que destacam questões sociais ou ambientais, provocando a ação de cidadãos e autoridades de Nova Iorque. O artista é um dos grandes nomes da arte urbana. Suas obras conceituais envolvem questionamentos sobre o impacto antrópico (oriundo da atividade humana) na natureza, consumo excessivo e exploração do homem e da natureza. O artista de multimídia fez largo uso de stencils, pintando símbolos e frases com forte crítica ao sistema, nos anos 70 e 80, nas ruas de EUA, Alemanha e Suécia.

Sayaka Gans

sayaka gans
Sayaka Ganz produz belas esculturas ecologicamente corretas, que reutilizam objetos no fim de sua vida útil. A artista conta que foi inspirada por crenças xintoístas japonesas que dizem que todos os objetos têm espíritos, e aqueles que são jogados fora "choram à noite dentro da lata de lixo". Com esta imagem vívida em sua mente, ela começou a coletar materiais descartados - utensílios de cozinha, óculos de sol, eletrodomésticos, brinquedos, etc. - e incluí-los em suas obras de arte. Ao produzir sua arte, Ganz recupera e regenera os materiais em questão e propõe um consumo mais racional. A concepção de resíduo é uma criação humana, na natureza tudo é insumo de algo e dá continuidade ao ciclo. A obra de Ganz introduz mais uma chance de vida para esses materiais que seriam descartados, provavelmente de forma incorreta, e degradariam o planeta.

Patricia Johanson

Patricia Johanson
As instalações de Johanson são funcionais e consistem em infraestruturas que têm a intenção de recuperar ecossistemas impactados. Seus projetos envolvem trilhas inusitadas e paisagismo, reintroduzindo espécies de animais e vegetais ameaçados de extinção, criando lagoas de oxidação natural para melhorar a qualidade da água, etc. Johanson colabora com engenheiros, urbanistas, cientistas e grupos comunitários para criar sua arte fundindo as necessidades funcionais dos seres humanos com a nossa responsabilidade coletiva de manejo ecológico.

Anne-Katrin Spiess

anne katrin spiess
Spiess é uma artista contemporânea que faz instalações conceituais com reflexões de cunho ambiental. Suas instalações temporárias na natureza evocam uma sensibilidade quanto à reconexão do homem com o meio ambiente. Com o ritmo atual de vida nas metrópoles, o homem se distancia vertiginosamente da terra, dos animais, das paisagens e das vegetações. Contudo, os efeitos negativos da interferência antrópica revelam como nossa existência não pode ser dissociada da saúde do planeta. "Provavelmente, a busca mais importante de todo o meu trabalho é a busca de uma reconexão com a essência e as raízes da existência humana e para a terra. Meus projetos são de instalação conceitual, e, na maior parte, temporários. Eles são documentados através de vídeo, texto e fotografia, e, em seguida, novamente desmontados, para que apenas as lembranças permaneçam... ", revela a artista.

Eduardo Srur

eduardo srur
O artista visual realiza grandes intervenções urbanas que chamam a atenção de milhões de pessoas para a questão ambiental. A inserção de suas obras no cotidiano da cidade, faz com que os expectadores reflitam, mesmo que por um breve momento, sobre as questões propostas. Srur transita entre a fotografia, escultura, vídeo, performance, instalações e intervenções urbanas. Suas obras são bem-humoradas, porém impactantes e com forte dimensão crítica. A interferência no cenário urbano dialoga com a questão ambiental e faz um importante alerta sobre os problemas vividos nas metrópoles, como o excesso de resíduos.

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