Wednesday 27 April 2016

Candido Portinari – a alma, o povo e a vida brasileira

DELFOS
http://www.elfikurten.com.br/2011/02/candido-portinari-mestres-da-pintura.html


Candido Portinari – a alma, o povo e a vida brasileira

Auto-retrato, de Portinari - 1956. Acervo digital ©Projeto Portinari
Coleção particular, Rio de Janeiro, RJ.
“Vim da terra vermelha e do cafezal.
As almas penadas, os brejos e as matas virgens
Acompanham-me como o espantalho,
Que é o meu auto-retrato.
Todas as coisas frágeis e pobres
Se parecem comigo.”
- Candido Portinari



"O alvo da minha pintura é o sentimento. Para mim, a técnica é meramente um meio. Porém, um meio indispensável."
- Candido Portinari


 Candido Portinari nasce em 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café perto do pequeno povoado de Brodowski, no estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, tem uma infância pobre. Recebe apenas a instrução primária. Desde criança manifesta sua vocação artística. Começa um Pintar aos 9 anos. E – do cafezal às Nações Unidas – ele se torna um dos maiores pintores do seu tempo.


Auto-retrato, de Portinari - 1930. 
Coleção particular, São Paulo - SP.
Aos quinze anos parte para o Rio de Janeiro. Matricula-se na Escola Nacional de Belas-Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem à Europa, com o Retrato de Olegário Mariano. EEsse fato é um marco decisivo na trajetória artística e existencial do jovem pintor. Permanece em Paris durante todo o ano de 1930. A distância, pode ver melhor a sua terra.  Decide: Vou pintar aquela gente com aquela roupa e com aquela cor…

Portinari retorna, saudoso de sua pátria, em 1931. Põe em prática a decisão de retratar nas suas telas o Brasil – a história, o povo, a cultura, a flora, a fauna... Seus quadros, gravuras, murais revelam a alma brasileira. Preocupado, também, com aqueles que sofrem, Portinari mostra em cores fortes a pobreza, as dificuldades, a dor. Sua expressão plástica, aos poucos, vai superando o academicismo de sua formação, fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista moderna. Segundo o escritor Antonio Callado, sua obra constitui um monumental livro de arte que ensina os brasileiros a amarem mais sua terra.

Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Candido Portinari participa da elite intelectual brasileira numa época em que se verifica uma notável mudança na atitude estética e na cultura do País. Este seleto grupo reflete, ainda, sobre os problemas do mundo e da realidade nacional. A escalada do nazifascismo e os horrores da guerra, bem como o contato próximo com as históricas mazelas do Brasil reforçam o caráter trágico da vertente social da obra de Portinari e o conduzem à militância política. Candidata-se a deputado federal, a seguir a senador, não se elegendo porém em nenhuma das duas candidaturas. Mais tarde, com o acirramento da repressão política, exila-se por certo tempo no Uruguai.

O tema essencial da obra de Candido Portinari é o Homem. Seu aspecto mais conhecido do grande público é a força de sua temática social. Embora menos conhecido, há também o Portinari lírico. Essa outra vertente é povoada por elementos das reminiscências de infância na sua terra natal: os meninos de Brodowski com suas brincadeiras, suas danças, seus cantos; o circo; os namorados; os camponeses... o ser humano em situações de ternura, solidariedade, paz.

Auto-retrato, de Portinari - 1957. 
Cultural Pinakotheke, Rio de Janeiro - RJ.
Pela importância de sua produção estética e pela atuação consciente na vida cultural e política brasileira, Candido Portinari alcança reconhecimento dentro e fora do seu País. Essa afirmação de seu valor se expressa nos diversos convites recebidos de instituições culturais, políticas, religiosas, para realização de exposições e criação de obras; nos prêmios e honrarias obtidos nas mais diferentes partes do mundo; na aura de amizade e respeito construída em torno de sua imagem; no orgulho do povo brasileiro, tão bem representado em sua obra.

Candido Portinari morre no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas. Na última década de sua existência cria, para a sede da Organização das Nações Unidas, os painéis Guerra e Paz. Na concepção do diretor do Projeto Portinari, João Candido, essa obra-síntese constitui o trabalho maior de toda a vida do pintor. O mais universal, o mais profundo, também, em seu majestoso diálogo entre o trágico e o lírico, entre a fúria e a ternura, entre o drama e a poesia. Na avaliação do artista Enrico Bianco, Guerra e Paz são as duas grandes páginas da emocionante comunicação que o filósofo / pintor entrega à humanidade.
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"Quanta coisa eu contaria se pudesse, e se soubesse ao menos a língua, como a cor"
- Candido Portinari


CRONOLOGIA
1903 - Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903 numa fazenda de café do interior do Estado de São Paulo. Viveu sua infância na pequena Brodowski, pouco mais do que uma parada para o trem carregar o café, e assim descrita pelo pintor: 
Auto-retrato, de Portinari - 1939.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.
"pequenininha, duzentas casas brancas de um andar, no alto de um morro espiando para todos os lugares… lugar arenoso no meio da terra roxa cafeeira. Imenso céu azul circula o areal. Milhares de brancas nuvens viajam".
Nasci numa fazenda de café. Meus pais trabalhavam na terra... Mudaram-se da fazenda Santa Rosa para a estação de Brodósqui - onde não havia ainda povoado; eu devia ter dois anos de idade. No local viviam com meus pais minha vó paterna, um tio e uma tia, ambos irmãos de meu pai. Lembro-me vagamente da casa e do armazém; havia um quarto cheio de melancias e de caixa de vinho do Porto. Estas caixas vinham sempre com surpresa. Grande foi minha alegria quando numa veio um pequeno canivete com cabo de madrepérola".
- Candido Portinari,  Paris, 29 de novembro de 1957.
Segundo de doze irmãos, Portinari era filho de Batista Portinari e Domênica Torquato, italianos que, crianças ainda, emigraram com suas famílias para o Brasil, para trabalhar na lavoura do café. Além de plantar o café, plantaram também o grande pintor brasileiro. Portinari criou-se como outras crianças da roça, ouvindo histórias de lobisomem e almas do outro mundo, saci-pererê e mula-sem-cabeça, de príncipes e princesas, montando cavalo a pêlo, colhendo manga e admirando as meninas do povoado, onde a garotada brincava de carniça e de pegar, acompanhava o circo, as procissões e a banda de música, empinava pipa e jogava futebol. 
1909 - Para o menino Candinho, a profissão chegou quase como brincadeira. Primeiro, foi um leão que desenhou na aula. O desenho foi comentado por professores e alunos. Não o deixaram mais em paz: teve que desenhar a capa das provas a serem expostas no final do ano. Tempos depois, vieram de Ribeirão Preto uns pintores para trabalhar na igreja. O menino Portinari os ajudou, enchendo o fundo do altar de estrelas. O que mais gostava era de misturar as tintas. Quando se apresentou a ocasião de partir para o Rio de Janeiro, já estava decidido a pintar. Tinha pouco mais de 15 anos e passou noites sem dormir, ainda indeciso:
"Pena de deixar meus pais e meus irmãos..." Sente saudades antecipadas: "O sol, a lua, as estrelas, as águas do rio, o vento, tudo ficaria lá e eu entraria no escuro".
1912 - Participa, durante vários meses, dos trabalhos de restauração da Igreja de Brodowski, ajudando os pintores italianos a "Dipingere Le Stelle" (pintar estrelas). Mais tarde, auxilia um escultor frentista (especialista em fazer anjos/adornos).
Auto-retrato, de Portinari - 1957.
Coleção desconhecida.
"O vigário João Rulli desejava encomendar uma porteira e não se entendiam, peguei um papel e desenhei a porteira. O padre ficou olhando para mim e disse: _ Amanhã chegará o frentista para ornamentar a fachada da nova igreja. Você deve ir vê-lo e aprender. Ricardo Luini era o nome do meu escultor. (...) Quando terminou, deu-me uma prata de dois mil réis e uma viagem a Ribeirão Preto. Pessoa muito boa”.
-Candido Portinari, Retalhos de minha vida de infância.
1914 - A partir de uma carteira de cigarros, Portinari faz a lápis um retrato do músicoCarlos Gomes. A família guarda o desenho.
1918 - Viaja para o Rio de Janeiro. Tem aulas de desenho no Liceu de Artes e Ofícios. Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, na qual estuda desenho e pintura. Seus professores foram Rodolfo Amoedo, Batista da Costa, Lucílio Albuquerque e Carlos Chambelland.
"Quanto mais próxima a partida mais aflito ficava. Olhava o chão, as plantas, os animais, as aves e aquela luz... Parecia que nunca mais iria ver tudo aquilo que era parte de mim mesmo. Quantas lágrimas derramei às escondidas. Vi e revi mil vezes todos os recantos. Saudade incontida do que ficava. (...) Procurava ensaiar para não ser traído pela emoção. Ia à casa de minha vó, trocava duas palavras e saía vencido, qual, não era possível. Voltava para casa, falava com minha mãe e sentia-me impossibilitado de dizer palavras. Não poderia despedir-me. Preferia não ir mas necessitava ir, estava na idade. O sol, a lua, as estrelas, as águas do rio, o vento, tudo ficaria lá e eu encontraria o escuro."
-Candido Portinari,  Paris, setembro de 1958.
1922 - Realiza-se em São Paulo, a Semana de Arte Moderna. Portinari não participa.Expõe, pela primeira vez, no Salão da Escola de Belas Artes.
1923 - Portinari manda para o Salão da Escola de Belas Artes o retrato do escultor Paulo Mazzucchelli, ganhando três prêmios, entre eles a medalha de bronze do Salão.
1924 - Participa do Salão Nacional de Belas Artes com o quadro Baile na Roça obra com temática brasileira, mas é recusado pelo júri. Baile na Roça
1925 - Obtém a pequena medalha de prata no Salão, no qual expõe dois retratos.
1927 - Portinari recebe a grande medalha de prata.
1928 - Com o retrato do poeta Olegário Mariano, ganha o prêmio de Viagem ao Estrangeiro. Portinari retratando Olegário.
1929 - Antes de viajar, faz sua primeira exposição individual, com 25 retratos, por iniciativa da Associação dos Artistas Brasileiros. Parte para a Europa. Viaja pela Itália, Inglaterra, Espanha e se fixa em Paris.
A Figura em foco Candido Portinari,
 por Méndez.
"Comecei a trabalhar, mas no meu quarto, porque não consegui ainda ateliê dentro de minhas posses. Contudo, não estou triste, porque não estou perdendo tempo: pela manhã vou ao Louvre, à tarde faço estudos. Não pretendo fazer quadros por enquanto. Aprendo mais olhando um Ticiano, um Raphael, do que para o Salão de Outono todo".
-Candido Portinari, em Carta ao amigo Olegário Mariano.
1930 - Vai diariamente aos museus, descobre a pintura moderna da Escola de Paris, discute sobre arte nos cafés e não tem quase nenhum tempo para pintar. Conhece Maria Martinelli, jovem uruguaia de 19 anos, radicada com a família em Paris e se casa com ela.Sente saudade e vem-lhe à lembrança Palaninho, um dos mais humildes habitantes de Brodowski, escreve para o Brasil:
"(…) bigode empoeirado e ralo e com algumas falhas; e só tem um dente. Usa umas calças brancas feitas de saco de farinha de trigo (…) ainda se nota o carimbo da marca da farinha. Embaixo ele amarra as calças com palha de milho para não apanhar lama - não usa botina nos dias de semana (…). Usa paletó escuro listrado, com uma golinha muito pequena e quatro botões: - três pretos e um branco".
O jovem pintor se espanta:
"Vim conhecer aqui em Paris o Palaninho, depois de ter visto tantos museus e tantos castelos e tanta gente civilizada. Aí no Brasil eu nunca pensei no Palaninho (...). Eu uso sapatos de verniz, calça larga e colarinho baixo e discuto Wilde, mas no fundo ando vestido como o Palaninho e não compreendo Wilde."
Palaninho, de Portinari - Paris, 1930.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.
Palaninho foi o começo de uma revelação:
"Daqui fiquei vendo melhor a minha terra - fiquei vendo Brodowski como ela é. Aqui não tenho vontade de fazer nada. Vou pintar o Palaninho, vou pintar aquela gente com aquela roupa e aquela cor.. Quando comecei a pintar, senti que devia fazer a minha gente e cheguei a fazer o "Baile na Roça” (...) A paisagem onde a gente brincou a primeira vez não sai mais da gente, e eu quando voltar vou ver se consigo fazer a minha terra..."
1931 - Portinari e Maria regressam ao Rio de Janeiro e ele passa a trabalhar num ritmo intenso. Participa da comissão destinada a promover a reforma do Salão Nacional de Belas Artes, no qual os artistas modernos são admitidos pela primeira vez. Portinari é convidado pelo então diretor da Escola Nacional de Belas Artes, o arquiteto Lúcio Costa, a fazer parte da comissão organizadora do Salão. Nesse ano, Portinari apresenta 17 obras.
1932 – Expõe individualmente no Palace Hotel. Dessa vez exibe obras de temática brasileira - cenas de infância, circo, cirandas.
1933 - Faz outra exposição individual no mesmo local.
1934 - Nesse ano Portinari pinta “Despejados”, obra de temática social.
Intelectuais começam a ver em sua figura o verdadeiro representante plástico do modernismo brasileiro. Tem sua tela “O Mestiço” adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, sendo a primeira instituição pública a incluir uma obra de Portinari em seu acervo.
"A pintura moderna tende francamente para a pintura mural. Com isso não quero afirmar que o quadro de cavalete perca o seu valor, pois a maneira de realizar não importa. No México e nos Estados Unidos já há muitos anos essa tendência é uma realidade, e noutros países se opera o mesmo movimento, que há de impor à pintura o seu sentido de massa.”
-Candido Portinari, em entrevista ao Diário de São Paulo, em 21 de novembro de 1934.
Portinari e Maria, no Ateliê - Rio de Janeiro, 1931.
1935 - Em julho é contratado para lecionar pintura mural e de cavalete na Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro. Ao participar da Exposição Internacional do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos, junto com pintores de 21 países, recebe a Segunda Menção Honrosa, com a tela "Café". Essa obra é adquirida, antes mesmo da premiação, pelo ministro da Educação Gustavo Capanema, para o Museu de Belas Artes.
1936 - Portinari pinta o seu primeiro mural, para o monumento rodoviário da Estrada Rio/São Paulo, medindo 0,96m x 7,68m. O ministro Gustavo Capanema convida-o a trabalhar no edifício que será construído para o Ministério da Educação.
1937 - Com a intenção de dedicar-se ao estudo para os afrescos do Ministério, Portinari recebe a colaboração de alguns alunos da Universidade do Distrito Federal. Enrico Bianco, jovem pintor italiano recém-chegado ao Brasil, é apresentado a Portinari, que o convida para trabalhar no Ministério.
1938 - Esse ano é marcado pela execução dos trabalhos do Ministério da Educação.
"Faltava ao Brasil uma pintura mural de caráter e de assuntos nacionais, ligados aos temas históricos da nossa formação étnica ou da vida econômica e social do país. Essa obra está sendo atualmente realizada por Candido Portinari, para o novo edifício do Ministério da Educação”.
- Antônio Bento para o jornal A Tarde, em 02 de abril de 1937.
1939 - Nasce seu único filho, João Cândido, em janeiro desse ano.
Executou três painéis para o pavilhão brasileiro na Feira Mundial de Nova York: “Jangadas do Nordeste”; “Cena Gaúcha” e “Festa de São João”. O Museu de Arte Moderna de Nova York adquire o quadro "O Morro", que René Huyghe, diretor do Museu do Louvre, aconselhara Portinari a não utilizar. Em novembro, expõe 269 trabalhos no Museu Nacional de Belas Artes. A Universidade do Distrito Federal é fechada.
Portinari sentado diante do cavalete
onde  executa a obra "Torso". 
Rio de Janeiro, RJ, 1924.
1940 - Portinari participa da Exposição de Arte Latino-Americana no Museu Riverside, em Nova York. Expõe com grande sucesso em Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York. A University Of Chicago Press publica "Portinari, His Life and Art", o primeiro livro sobre o artista, com prefácio de Rockwell Kent e Josias Leão. Ilustra "A Mulher Ausente", de Adalgisa Nery.
1941 - Em Brodowski, na casa de seus pais, Portinari passa a pintar uma capela para sua avó ("Capela da Nonna"), que já não mais podia frequentar a igreja.
1942 - Passa vários meses nos Estados Unidos, pintando quatro afrescos para a Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso, em Washington.
 Vê o quadro "Guernica", de Pablo Picasso, que o impressionou profundamente. Ilustra o livro infantil "Maria Rosa", da autora norte-americana Vera Kelsey.
1943 - A pedido de Assis Chateaubriand, pinta uma série de murais para a Rádio Tupi do Rio, inspirados na música popular brasileira. Realiza nova exposição individual no Museu Nacional de Belas Artes. Ilustra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis.
Sobre a série Os Músicos, Assis Chateaubriand comenta:
"Grandezas e misérias do Brasil, sua sensibilidade, suas tragédias secretas, a contra-revolta obscura das suas classes desafortunadas, o frenesi dos sambas, dos batuques, o desengonço do frevo, a melancolia, sem azedume, dos negros e dos mulatos, (...) o tocador de flauta e o malandro dos morros, em toda essa comédia humana a paleta de Portinari deita cores imortais (...)."
1944 - Pinta três painéis para a capela Mayrink, Rio de Janeiro. Acaba de executar um ciclo bíblico, que Assis Chateaubriand compra e leva para a Rádio Tupi de São Paulo, onde a influência da Guernica de Picasso é visível.
Trabalha com dois painéis da série Retirantes. Pinta um mural e azulejos sobre a vida de São Francisco de Assis para a capela da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
1945 - Portinari perde seu grande amigo Mário de Andrade. Faz uma "Via Sacra" para a capela da Pampulha. Filia-se ao Partido Comunista vendo na organização, mesmo clandestina, a chance de lutar contra a ditadura, a favor da anistia e de eleições. Nomes de grande prestígio junto à sociedade reúnem-se nesse partido. Candidato a deputado federal por São Paulo, Portinari perde as eleições. O PCB consegue eleger um senador (Luiz Carlos Prestes) e 14 deputados.
Cândido Portinari - foto: (...)
1946 - Expõe na Galeria Charpentier, de Paris, seus quadros e desenhos das séries "Os Retirantes" e "Meninos de Brodósqui”.Recebe a "Legião de Honra" do governo francês.
1947 - Candidato a senador, em São Paulo, pelo Partido Comunista, perde por pequena margem de voto, colocando em dúvida a lisura do pleito. Viaja para Buenos Aires, onde faz uma exposição individual, que volta a apresentar em Montevidéu, no Salão da Comissão Nacional de Belas Artes do Uruguai.
1948 - Pinta em Montevidéu, em têmpera, o grande painel "A Primeira Missa no Brasil", para o Banco Boavista do Rio de Janeiro. Ilustra "O Alienista" de Machado de Assis. No final do ano, Portinari faz uma retrospectiva no Masp (Museu de Arte de São Paulo), tendo as obras ‘Enterro na Rede”, “Criança Morta” e “Retirantes” doadas ao museu por Assis Chateuabriand.
1949 - Pinta o mural "Tiradentes" para o colégio de Cataguases. Apesar do convite, não consegue participar da Conferência Cultural e Científica para a Paz Mundial, em Nova York, pois tem seu visto de entrada negado.
1950 - Viaja para a Itália em fevereiro e visita Chiampo, terra natal de seu pai.
Expõe seis trabalhos na XXV Bienal de Veneza. Recebe, pelo painel Tiradentes, a Medalha de Ouro da Paz do II Congresso Mundial dos Partidários da Paz, em Varsóvia.
1951 - Participa, com uma sala especial, da 1ª Bienal de São Paulo. A Bienal conta com mais de 2.000 trabalhos de pintura, escultura, arquitetura e gravura de artistas de 19 países. Na Itália é lançada a monografia Portinari, organizada e apresentada por Eugenio Luraghi (ed. Della Mondione, Milão).
1952 - Pinta para o Banco da Bahia, em Salvador, o Mural "A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia". Com ilustrações de Portinari, o semanário O Cruzeiro publica o romance Os Cangaceiros de José Lins do Rego. Pinta um conjunto de obras sacras para a Igreja Matriz de Batatais - SP, pequena cidade próxima de Brodowski.
Portinari com pincéis e paleta, por Lan.
1953 - É inaugurada a decoração para a Igreja de Batatais. E realizada a Via Sacra para integrar o conjunto das obras. Começa a demonstrar um problema grave de saúde devido à intoxicação com tintas. Expõe no Museu de Arte Moderna do Rio uma mostra com mais de 100 obras. Inicia o trabalho dos enormes painéis "Guerra e Paz" para a sede da ONU em Nova York.
1954 - Participa com mais 14 artistas de 15 países da mostra organizada pelo Comitê de Cooperação Cultural Com o Estrangeiro em Varsóvia, que tem como tema principal a luta dos povos pela paz. Executa também um painel dedicado aos "Fundadores do Estado de São Paulo" para o jornal O Estado de São Paulo. Expõe novamente no Museu de Arte de São Paulo. Participa da III Bienal de São Paulo, com uma sala especial. Com os sintomas da intoxicação cada vez mais presentes, é proibido pelos médicos de pintar por algum tempo."Estou proibido de viver", reclama.
1955 - Participa da III Bienal de São Paulo, ocupando novamente uma sala especial. O Internacional "Fine Arts Council", de Nova York, confere-lhe uma medalha como o pintor do ano. Ilustra o romance "A Selva", de Ferreira de Castro. Em outubro, é inaugurado o painel “O Descobrimento do Brasil", encomenda do Banco Português do Brasil, no Rio.
1956 - Viaja à Itália e Israel e faz exposição nos museus de Tel-Aviv, Haifa e Ein Harod. Os painéis "Guerra e Paz" são apresentados no Teatro Municipal do Rio. Recebe o prêmio "Guggenheim's National Award", da Fundação Guggenheim, de Nova York. O Museu de Arte Moderna do Rio edita o livro "Retrato de Portinari", de Antônio Callado.
1957 - A Maison De La Pensée, em Paris, apresenta uma exposição individual de Portinari, patrocinada pela Embaixada do Brasil, com 136 obras. Expõe também no Museu de Munique. Os painéis "Guerra e Paz" são inaugurados na sede da ONU. Recebe a "Hallmark Art Award", de Nova York. Solomon Guggenheim expõe "Mulheres Chorando", um dos grandes estudos preliminares do painel "Guerra". No final do ano Portinari começa a escrever suas memórias: Retalhos da minha vida de infância.
"Eram belas as manhãs frias na época da apanha do café e delicioso o canto dos carros de boi transportando as sacas da colheita. Quantas vezes adormecíamos sobre as sacas. A luz do sol parecia mais forte.Era somente para nós. Ia pela estrada afora o carro vagaroso, cantando. Dormíamos cheio de felicidades. Sonhávamos sempre, dormindo ou não. Nossa imaginação esvoaçava pelo firmamento. Fantasias forjadas, olhando as nuvens brancas, mais brancas do que a neve. Tudo se movia ao nosso redor como um passe de mágica. Belas eram as seriemas, as saracuras e os tatus. Quando víamos no chão um orifício, sabíamos a que bicho pertencia. Conhecíamos também a maioria das árvores e arbustos, sabíamos a maioria das árvores e arbustos, sabíamos suas serventias para as doenças; as chuvas, o arco-íris, as nuvens, as estrelas, a lua, o vento e o sol eram-nos familiares. O contacto com os elementos moldava nossa imaginação e enchia nosso coração de ternura e esperança."
Café, de Portinari - 1957.
Coleção particular, São Paulo - SP.
1958 - Expõe, inaugurando a Galleria Del Libraio, em Bolonha (Itália), os trabalhos com motivos de Israel, os quais mostra a seguir em Lima e Buenos Aires. É convidado de honra, com sala especial, na 1ª Bienal do México. No retorno de uma viagem pela Europa declara que passará a dedicar-se à poesia. É convidado para receber em Bruxelas a Estrela de Ouro.Seu pai, "Seu Baptista"morre no Rio de Janeiro.
1959 - Expõe na Galeria Wildenstein, em Nova York e no Museu Nacional de Belas Artes em Buenos Aires. A pedido da Librairie Gallimard, executa 12 ilustrações, em cores, para "O Poder e a Glória", romance de Graham Greene. Ilustra também, com 30 gravuras, "O Menino de Engenho", de José Lins do Rego. Pinta o mural "Inconfidência Mineira" para o Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais S/A, do Rio de Janeiro. Na V Bienal de São Paulo, expõe 130 trabalhos.
1960 - Após 30 anos de casamento, Portinari separa-se de Maria, que, assumindo mais que o papel de esposa, ajudava-lhe com os problemas do cotidiano, deixando-o livre para dedicar-se mais tempo ao seu trabalho. Mesmo separados, Maria continua a prestar-lhe assistência. Ainda para a Librairie Gallimard, ilustra os romances "Terre Promisse" e "Rose de September", de André Maurois. Executa cinco painéis para o Banco de Boston de São Paulo: "Os Bandeirantes", "Fundação de São Paulo", "Colheita de Café", "Transporte do Café" e "Industrialização". 
Expõe individualmente na Tchecoslováquia, em São Paulo e na Galeria Bonino, no Rio. É convidado a participar do júri da II Bienal do México.
Realiza-se em Moscou, uma mostra de fotografias de várias de suas obras. Nasce sua neta Denise. Feliz com o nascimento da neta, declara: "Minha neta me libertará da solidão" (Poemas: cento e vinte e seis, 1960). A partir daí, passa a retratar sua neta em pintura e poesia.
1961 - Faz a última viagem à Europa. Encontra-se com seu filho João Candido em Paris, revê amigos e lugares que muito lhe emocionavam. Sua saúde mostra-se mais uma vez abalada, devido à doença que o atacara.
Portinari e seus pincéis - foto: (...)
Juntamente com o amigo Eugenio Luraghi, planeja a exposição para o ano seguinte em Milão. Em julho a galeria Bonino, no Rio de Janeiro, apresenta a última exposição do artista em vida.
1962 - Envolvido no trabalho para a exposição de Milão, descuida-se de vez de sua saúde. Morre, no dia 06 de fevereiro, na Casa de Saúde de São José, no Rio de Janeiro. Seu corpo é velado no Ministério da Educação, de onde sai o enterro, com grande acompanhamento.
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"Quando o esquife de Portinari saiu do Ministério, na manhã do dia 8, em carreta do Corpo de Bombeiros, dos edifícios envidraçados, do pátio do Palácio da Educação, das bancas de jornais, dos cafés em súbito silêncio diante da Marcha Fúnebre e do Hino Nacional, voltaram-se para o cortejo milhares de caras irmãs das que aparecem nos Morros, nos Músicos nos Retirantes de Portinari. Milhares de anônimas criaturas suas disseram adeus ao pintor, miraram uma última vez o claro e sutil feiticeiro que para sempre se aprisionou em losangos de luz e feixes de cor. Como se no espelho apagado da vida do artista ardesse num último lampejo tudo aquilo que refletira durante a vida".
- Antônio Callado
1963 - Realiza-se a mostra de Candido Portinari no Palazzo Reale, Salla delle Cariatini, Milão (Itália), com 201 obras.
1964 - A Livraria José Olympio Editora, publica o livro "Poemas de Portinari".
1970 - A antiga residência do artista em Brodowski transforma-se no Museu Casa de Portinari. O Museu de Arte de São Paulo apresenta a exposição "Cem Obras-Primas Portinari".
1972 - Realiza-se no Museu Nacional de Belas Artes uma mostra comemorativa dos dez anos da morte de Portinari.
1974 - É realizada no Palácio das Nações Unidas, em Genebra, uma exposição de 42 trabalhos de Portinari, ocasião em que são lançados quatro selos comemorativos reproduzindo detalhes dos painéis "Guerra e Paz". O painel "Tiradentes" é exposto no Museu de Arte de São Paulo e no Ministério da Educação, no Rio de Janeiro.
1977 - Realiza-se no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a mostra "Portinari Desenhista", reunindo 71 obras.
1978 - Realiza-se no Museu de Arte de São Paulo, a mostra "Portinari Desenhista", com 71 obras.
Casal Portinari com seu filho João Candido.
Rio de Janeiro, 1941.
1979 - É criado o Projeto Portinari, sediado na PUC/Rio de Janeiro, tendo à sua frenteJoão Candido, filho do artista, com o objetivo de documentar não só a obra completa do pintor como também a sua geração.
1987 - Realiza-se no Rio de Janeiro a exposição "25 Anos Sem Portinari", com 50 obras.
1993 - Realiza-se no Jockey Club Brasileiro (Rio de Janeiro), a exposição "Portinari 90 Anos", com 80 obras.
1996 - Realiza-se no Museu de Arte Moderna de São Paulo a exposição "Portinari Leitor" e "Portinari Imagens do Brasil".
1997 - Realiza-se no Museu de Arte de São Paulo a exposição "Retrospectiva", com mais de 200 obras.
2003 - Centenário do artista. Projeto Portinari
2007 - Comemoração dos 50 anos do painel “Guerra e Paz”. O filho do artista, João Candido, participou das comemorações na sede da ONU em Nova York.
2009 - O Museu de Arte de São Paulo inaugura a mostra “Portinari: As Séries Bíblica e Retirantes”.
2010 - Em 14 de março, comemorou-se os 40 anos do Museu Casa de Portinari, em Brodowski/SP. Depois de 53 anos o Theatro Municipal do Rio de Janeiro voltou a abrigar os painéis “Guerra e Paz”, do pintor Cândido Portinari. A exposição ocorreu entre 21 e 30 de dezembro de 2010.


PUBLICAÇÕES DE CÂNDIDO PORTINARI
:: Portinari menino. [Apresentação Antonio Callado]. Rio de Janeiro, RJ: J. Olympio, 1980. 172 p. il.
:: Sentido social del arte. Buenos Aires: Centro Estudiantes de Bellas Artes, 1947, 38 p. il. (Cuadernillos de Cultura).
:: Poemas de Candido Portinari. [Prefácio Manuel Bandeira]. Rio de Janeiro, RJ: J. Olympio, 1964. 105 p. il.
:: Catálogo Raisonné - Preservação Digital da Obra Completa do Artista. (5 volumes, 2.406 páginas - 4.991 obras, pinturas, desenhos e gravuras - 5,165 reproduções a cores / CD-ROM com o conteúdo completo, incluindo ferramentas de busca, crono-biografia ilustrada do artista). Projeto Portinari. Edição bilíngüe, ano 2004.


Cafe, de Portinari - 1935. Acervo digital ©Projeto Portinari
Acervo Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro,RJ

"Arte brasileira só haverá quando os nossos artistas abandonarem completamente as tradições inúteis e se entregarem com toda alma, à interpretação sincera do nosso meio"
Candido Portinari, em "Entrevista publicada ao jornal A Manhã em junho de 1926. [PORTINARI, Candido. Rumo a Paris. In BALBI, Marilia. Portinari: o pintor do Brasil. São Paulo: Boitempo, 2003. p. 26].


PRÊMIOS
:: Medalha de Ouro pelo International Fine Arts Council (IFAC), de Nova York, como o melhor pintor do ano, 1955;
:: Prêmio CLIO de História - Academia Paulistana da História;
:: Prêmio Sérgio Milliet - Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA;
:: Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade — Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;
:: Prêmio Jabuti — Câmara do Livro.



"Não pretendo entender de política. Minhas convicções, que são fundas, cheguei a elas por força da minha infância pobre, de minha vida de trabalho e luta, e porque sou um artista. Tenho pena dos que sofrem, e gostaria de ajudar a remediar a injustiça social existente. Qualquer artista consciente sente o mesmo".
- Portinari, em depoimento feito ao Poeta Vinícius de Moraes, publicado postumamente, em março de 1962. [PORTINARI, Candido. Guerra e Paz. In BALBI, Marilia. Portinari: o pintor do Brasil. São Paulo: Boitempo, 2003. p.12].



MENINO DE BRODÓWSKI
"Este é um livro sobre a infância. A infância do pintor e a infância vista na sua obra. E como a infância chama o futuro, é sobre o pintor, nós e o futuro que eu quero falar. Mas antes preciso contar uma história. Porque acontece que o pintor, o "Menino de Brodósqui", foi meu pai - ou, como descendente de italianos, meu "papa".
A história tem a forma de uma carta que eu-filho-nós escreve para ele-pai-Brasil.
- João Candido, 1979.



“Considero Portinari como o maior pintor brasileiro de todos os tempos. Ele representa, em sua arte, a expressão perfeita da sentença de Gœthe, segundo a qual toda liberdade autêntica é fruto da disciplina. Portinari pôde tomar todas as liberdades, no manejo do pincel e da cor, porque não se serviu de licensiosidade, mas tratou de superar todas as regras impostas, depois de se ter assenhorado da mais perfeita técnica. Partiu da liberdade de intenção até chegar à liberdade de criação mas através de uma rigorosa disciplina de instrumentação. Daí a riqueza de seu polimorfismo, que vai desde a arte religiosa mais pura, em sua objetividade litúrgica, como na capelinha particular de sua nona em Brodósqui, até às composições históricas, sociológicas, culturais, como o seu admirável ciclo de Dom Quixote ou então nacionais, como os seus inexcedíveis Retirantes. Em tudo o que fez em pintura, deixou estampada sua inconfundível personalidade, tão inconfundível como inimitável. Pois só os gênios são tão inimitáveis como irreprodutíveis. Creio que nossa arte moderna poderá figurar no quadro da cultura universal ao menos com dois espíritos geniais: Villa-Lobos na música e Portinari na pintura.”
- Alceu Amoroso Lima


ACERVOS
Sonho, de Portinari  - 1938. Acervo digital ©Projeto Portinari
:: Acervo Banco Itaú S.A. - São Paulo SP;
:: Acervo Itaúsa - Investimentos Itaú S.A. - São Paulo SP;
:: Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo - São Paulo SP;
:: Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - IEB/USP - São Paulo SP;
:: Coleção Banco Central do Brasil - Brasília DF;
:: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ;
:: Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP;
:: Fundação Memorial da América Latina - São Paulo SP;
:: Igreja de São Francisco de Assis - Belo Horizonte MG;
:: Library of Congress - Washington (Estados Unidos);
:: Museo Nacional de Bellas Artes - Buenos Aires (Argentina);
:: Museum of ModernArt - MoMA - Nova York (Estados Unidos);
:: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP;
:: Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ;
:: Organização das Nações Unidas - ONU - Nova York (Estados Unidos);
:: Palácio Gustavo Capanema - Rio de Janeiro RJ;
:: Palácio do Itamaraty - Brasília DF.


"O mundo de Portinari: à medida que, atraídos por ele, nós nos movemos nele através do pensamento, cheios de assombro - de medo talvez - mas aceitando seus elementos macabros com a mesma naturalidade com que nosso inconsciente acolhe os mais fantásticos sonhos que nos perturbam na hora do sono, vamos chegando, aos poucos, à percepção de que não estamos diante de um mundo apenas imaginário e sim diante da recriação intensificada e fantástica do mundo que Portinari conhece, o de sua terra natal, o Brasil. Disto seus quadros são a prova. Neles vemos a paisagem, pisamos o chão; vemos seus trabalhadores e sua pobreza - não descritos com aflição, descritos. E descritos com amor. Não amor pela miséria e o trabalho incessante e sim amor por mulher, homem, criança - que, ricos ou pobres, são para ele objeto de amor. Ele os pinta com plena aceitação. 'Bem-aventurados os humildes' é o que parece dizer, do fundo do coração. E sem as condições em que vivem em sua terra brasileira nada tem, pelo que vemos, de invejável herança, a vida que levam, pela bondade que deles se exala, vale a pena ser vivida. Trabalham; casam-se e sustentam família; seus filhos brincam. E não existem, no tesouro das artes, quadros mais eloqüentes do que esses, que pintam a felicidade de crianças que brincam."
- Rockwell Kent, - CALLADO, Antonio. Candido Portinari. In: CANDIDO Portinari. São Paulo: Finambrás, 1997. P. 11-19.


EXPOSIÇÕES


Café, de Portinari - 1938. Acervo digital ©Projeto Portinari
Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro,RJ.
Observador, o menino Candinho impressionava-se com os pés dos lavradores das fazendas de café:

"Pés disformes. Pés que podem contar uma história. Pés semelhantes aos mapas, com montes e vales, vincos como rios. Quantas vezes, nas festas e bailes, no terreiro, que era oitenta centímetros mais alto do que o chão, os pés ficavam expostos e era divertimento de muitos apagar a brasa do cigarro nas brechas dos calcanhares sem que a pessoa sentisse"
- Portinari, relembra num relato autobiográfico escrito poucos anos antes de sua morte.


"Há muito tempo Portinari ensaiava o gesto de pintar fora dos quadros (...) , de dar voo aos passarinhos pintados e construir flores que desabrochassem todas as manhãs e adormecessem todas as noites.Compreende-se que os segredos da terra estivessem dentro dele, com as cores do mundo separadas, para que ele as reunisse nas suas invenções sobre as telas."
- Cecília Meirelles, in: Meirelles, Cecília. Portinari, o lavrador. A Manhã, Rio de Janeiro, RJ, 24 fev.1943. Letras e Artes.


O menino e o povoado
Fizeram uma parada, uma parada
Para o trem carregar café,
Antes, estradas difíceis, só carros de bois
Transitavam, levando dias e dias,
Depois, uma casa aqui, outra ali.

Formaram o povoado. Não
Menino a Cavalo, de Portinari - 1959.
Ilustração original nº 3 do livro “Menino de engenho”,

 de José Lins do Rego.
Há rio, nem pedras.
De tijolos caiados e telhas antigas
São as construções; de taipas e
Arame farpado, os divisores.

Lugar arenoso no meio da terra roxa
Cafeeira. Imenso céu azul circula
O areal. Milhares de brancas nuvens
Viajam. Caravanas luminosas
Em movimento. O mais solitário, ali
Deixaria de sê-lo. Toda essa fagueira
Companhia. Alegre e promissor
Futuro...

As festas, os bailes, a banda de música
Procissões e o sino repicando...
Muito povo endomingado
Noites enluaradas e todas as estrelas
Eram mais claras do que os dias nos outros povoados.

Antes da luz e da água encanada,
No povoado havia lamparina
E cisterna; dez a quinze metros
Para encontrar o líquido.

Os circos traziam iluminação
De carbureto. Próximos
Dos elementos. Quantos vendavais e
Chuvas de granizo!

Moinhos de garapa,
Feitos de madeira - canaviais
E matas virgens com seus pássaros e
Frutas. Consumiram

Tudo e mais as lendas. Onde
Estarão os jacus e as pacas?
Os jenipapos e jatobás?
As estradas cortando as

Matas criavam histórias
E medos. Os caminhos
Também fugiram. Olhando
O céu, às vezes os vejo transformados em nuvens.

Saí das águas do mar
E nasci no cafezal de
Terra roxa. Passei a infância
No meu povoado arenoso.
[...]
- Candido Portinari


"Portinari é um homem emocionado. Emocionaram-no os homens e as mulheres do Brasil, trabalhadores e sofredores."
- Otto Maria Carpeaux, in: Carpeaux, Otto Maria. Evolução de Portinari. O Cruzeiro , Rio de Janeiro, RJ, 29 abr. 1944.



“Candido Portinari nos engrandeceu com sua obra de pintor. Foi um dos homens mais importantes do nosso tempo, pois de suas mãos nasceram a cor e a poesia, o drama e a esperança de nossa gente. Com seus pincéis, ele tocou fundo em nossa realidade. A terra e o povo brasileiros - camponeses, retirantes, crianças, santos e artistas de circo, os animais e a paisagem - são a matéria com que trabalhou e construiu sua obra imorredoura.”
- Jorge Amado, in: Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ); Museu de Arte de São Paulo (São Paulo, SP). Portinari Desenhista. Apresentação Ralph Camargo; Texto Afonso Arinos et al. Rio de Janeiro, RJ, 1977, 264 p. il. [Catalogo].

Transporte de Café (detalhe), Portinari - 1956. 
Coleção particular, São Paulo - SP.

FORTUNA CRÍTICA DE CANDIDO PORTINARI
A VERDADE sobre a morte de Portinari. Pulso, Rio de Janeiro, out. 1962.
A VERSATILIDADE de preferências no momento artístico. O Jornal, Rio de Janeiro, 1926.
ABELLA, S.; RAFFAELLI, Rafael. Relação arte e sociedade na obra de temática social de Candido Portinari. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC), v. 10, p. 242-270, 2009.
ABELLA, S.; RAFFAELLI, Rafael. Identidade cultural na obra pictórica de temática social de Candido Portinari: uma investigação em perspectiva interdisciplinar. In: Dilma de Melo Silva. (Org.). Interdisciplinaridade, transdisciplinaridade no estudo e pesquisa da arte e cultura. 1ª ed., São Paulo: Terceira Margem, 2010, v. , p. 115-121.
ABELLA, S.; RAFFAELLI, Rafael. Uma leitura sociológica sobre a obra de temática social de Candido Portinari. In: I Seminário Nacional Sociologia e Política, 2009, Curitiba. Sociologia e Política. Curitiba, 2009. p. 1-19.
Menino, de Portinari - 1950.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.
AGA (dito). Portinari voltou da Europa. Mundo Ilustrado, Rio de Janeiro, 1931.
ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu(Debates, 133). São Paulo: Perspectiva: Diâmetros Empreendimentos, 1976. 241 p., il.  
AMARAL, Aracy. Arte para quê?: a preocupação social na arte brasileira 1930-1970: subsídio para uma história social da arte no Brasil. São Paulo: Nobel, 1984. 435 p., il.
AMARAL, Aracy. Tarsila, sua obra e seu tempo. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1975. 2v. il. (Estudos, 33) v.1, p.315-7.
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“Nestes dias de desorientação, de funambulismos e de anemia, o exemplo da arte poderosa de Candido Portinari, tão rica de significado, de matéria e de sólida técnica, chega a nós como um bom vento vivificante, a demonstrar-nos que a grande veia latina não se exauriu, mas, ao contrário, enriquecida de novos temas, continua viva, também pelo mérito de um filho de emigrantes que ainda acredita que a pintura seja um ofício sério, árduo e útil aos homens.”
- Eugênio Luraghi (crítico de arte, escritor e poeta italiano). in: Palazzo Reale (Milão, ITA). Mostra di Candido Portinari: catalogo. Apresentação Luigi Meda; texto Eugenio Luraghi et al. Milão, ITA, 1963. 159 p. Il. [catálogo].


"Portinari marcou, com seus Retirantes, seus Meninos de Brodowski, seus quadros de lavradores o abismo que ainda existe entre a natureza brasileira, entre o País brutalmente grandioso que nos surge à mente quando dizemos, como se disséssemos palavra mágica, “Obrasil”, ea vidinha que montou no Brasil o homem imitador da Europa e dos Estados Unidos. Sua pintura daqueles tempos é um protesto contra essa falta de intimidade que existe entre nós e aquilo que se chama realidade brasileira. É um clamor contra o fato de ainda estarmos tão superpostos à paisagem e não vitoriosamente fincados nela, como estão os pés dos pretos, dos caboclos, dos tapuias, dos cafusos, dos curibocas e dos imigrantes."
- Antonio Callado, in: Callado, Antonio. Retrato de Portinari. Il. Candido Portinari. Rio de Janeiro, RJ: MAM-RJ, [1956]. 169p., 8 il., 39 reproduções de obras.



PORTINARI E AMIGOS
Portinari, Graciliano Ramos, Pablo Neruda e Jorge Amado. Rio de Janeiro, 1952.
foto: Acervo digital ©Projeto Portinari

Mário de Andrade, Candido Portinari (...) - 1941.foto: 
Acervo digital ©Projeto Portinari

"O menino Candido Portinari saiu de minha terra com papel e cores em punho para a imensa aventura de pintar uma pátria. Pintá-la, não: criá-la de uma realidade ignorada, mostrá-la aos quatro cantos do mundo, contorcida, ofegante, opressa, inaugural, como a dizer-lhe:"Somos assim". … Um dia, seremos apenas os farrapos de narrativa de nossa existência. E mãos ávidas, mãos sábias do futuro virão recompor o que fomos, virão surpreender-se de nós. E do pó que seremos, retirarão o que beberam aqueles olhos e o que se escapou por aqueles dedos. E saberão que neste lugar existimos, porque ele inventou a nossa eternidade…"
- Guilherme Figueiredo, in: Figueiredo, Guilherme. Portinari. O Jornal, Rio de Janeiro, 10 fev. 1962.


OBRAS ESCOLHIDAS
Auto-retrato,  de Portinari - 1957.
Acervo digital ©Projeto Portinari
Em quase 5 mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais, Portinari legou ao nosso imaginário uma ampla síntese crítica de todos os aspectos da vida brasileira. Sua obra foi celebrada pelos mais notáveis nomes de sua geração, no Brasil e no exterior.
“Portinari participou da elite intelectual brasileira, ao lado dos mais consagrados poetas, escritores, arquitetos, educadores, jornalistas e políticos, no período exato em que todos eles provocavam uma notável mudança na atitude estética e na cultura dos grandes centros brasileiros. (…) De nenhum outro artista ou sábio, pintor ou escritor, recebemos um legado de transcendência lírica de nossa história comparável ao dele. E se somarmos os seus grandes murais - A Descoberta da Terra, A Catequese, Os Bandeirantes e a Descoberta do Ouro, em 1941 para a Biblioteca do Congresso de Washington, a várias outras obras como, por exemplo, a Primeira Missa (1943), o estudo para o painel Padre Anchieta (1953-1961), Chegada de D. João VI (1952), Navio Negreiro (1950), Tiradentes (1949), O Descobrimento do Brasil (1954) e mais ainda, aos temas do políptico do Ministério da Educação e Saúde (1936-1944) denominado, na época, Trabalho na Terra Brasileira ou Evolução Econômica, ao famoso Café (1935) e à série Retirantes (1945), então estaremos em face de um acervo de pintura histórica-social de determinado povo e região que se poderá reconhecer como dos mais notáveis da história da pintura.”
Clarival do Prado Valladares, historiador da arte.

Colona sentada, de Portinari - 1935. Instituto de Estudos 
Brasileiros da USP, Coleção Mário de Andrade, São Paulo - SP.

Bancada de plantas tropicais, de Portinari - 1934.Acervo digital ©Projeto Portinari
Painéis para Embaixada da Itália

Borracha, de Portinari - 1948. Acervo digital ©Projeto Portinari

Árvore da vida, de  Portinari - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari

Café,  de Portinari  - 1940. Acervo digital ©Projeto Portinari

Cavalo-marinho, de Portinari  - 1942. Acervo digital ©Projeto Portinari

Colheita de mel de abelha indígena,  de Portinari - 1960. Acervo digital ©Projeto Portinari
Carnaval, de Portinari - 1957.
Coleção particular, São Paulo - SP.

Colheita do Milho, de Portinari - 1959.
Coleção particular, São Paulo - SP.

Chorinho, de Portinari - 1943. Acervo digital ©Projeto Portinari
Acervo Museu Nacional de Arte Contemporânea de Lisboa/ Portugal

Crianças brincando, de Portinari  - 1937. Acervo digital ©Projeto Portinari

Crianças brincando, de Portinari  - 1940. Acervo digital ©Projeto Portinari

Crianças brincando, de Portinari  - 1960. Acervo digital ©Projeto Portinari
Cena Gaúcha, de Portinari - 1939.
Ministério das Relações Exteriores, Brasília - DF.


Palhacinhos na Gangorra, de Portinari - 1957.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.

Menino com Carneiro, de Portinari - 1954.
Coleção particular, São Paulo,SP.

Jangadas do Nordeste, de Portinari - 1939.
Acervo particular, Belo Horizonte - MG.


Campo de Arroz, de Portinari - 1947.
Coleção particular São Bernardo do Campo - SP.

Domingo no morro, de Portinari - 1935.
Coleção particular, São Paulo - SP.

Favela, de Portinari  - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari

Meninos brincando, de Portinari  - 1958. Acervo digital ©Projeto Portinari

Futebol, de Portinari  - 1958. Acervo digital ©Projeto Portinari

Meninos na Gangorra, de  Portinari  - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Desbravamento da Mata, de Portinari - 1941. Acervo digital ©Projeto Portinari
Biblioteca do congresso - pintura murais

Colheita de Café,  de Portinari - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari

Mulheres Carregando lenha,  de Portinari  - 1957.  Acervo digital ©Projeto Portinari

Retirantes, de Portinari  - 1945.  Acervo digital ©Projeto Portinari

Três mulheres e um menino, de Portinari  - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Trabalho, de Portinari - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Colheita de feijão, de Portinari  - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari

Colheita de Arroz,  de Portinari  - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari

Arrastão,  de Portinari  - 1959. Acervo digital ©Projeto Portinari

Carnaval, de Portinari  - 1960. Acervo digital ©Projeto Portinari

Frevo, de Portinari  - 1961. Acervo digital ©Projeto Portinari

Circo, de Portinari - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari
Kibutz,  de Portinari - 1957-1958. Acervo digital ©Projeto Portinari

Retirantes,  de Portinari  - 1955. Acervo digital ©Projeto Portinari

Trabalho no mar,  de Portinari  - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Lembranças da minha infância,  de Portinari - 1957.
Coleção particular, São Paulo - SP.

Pedra da Gávea, de Portinari - 1927.
Coleção particular, Salvador - BA.

Paisagem de Brodowski,  de Portinari - 1940.
Gilberto Chateaubriand - MAM RJ, Rio de Janeiro -RJ.

Menino com carneiro,  de Portinari  - 1954. Acervo digital ©Projeto Portinari

A clareira, de Portinari  - 1955. Acervo digital ©Projeto Portinari

Frevo, de Portinari - 1956.
Acervo Banco Central do Brasil, Brasilia - DF.

Mulher e criança,  de Portinari  - 1938. Acervo digital ©Projeto Portinari

Mulheres,  de Portinari  - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Colheita de Cacau,  de Portinari  - 1954.
Acervo digital ©Projeto Portinari

Colheita do algodão, de Portinari - 1937. 
Acervo digital ©Projeto Portinari
Painel Ciclos Econômicos/Conjunto Palácio Gustavo Capanema

Catequese, de Portinari - 1941. Acervo digital ©Projeto Portinari
Biblioteca do congresso - pintura murais

Meninos soltando pipas,  de Portinari  - 1940. Acervo digital ©Projeto Portinari
Iemanjá, de Portinari - 31.12.1959.
Museu Castro Maya, Rio de Janeiro - RJ.

Pau Brasil,  de Portinari. Acervo digital ©Projeto Portinari

Dança de Roda,  de Portinari  - junho 1966.Acervo digital ©Projeto Portinari

Grupo de mulheres e criança,  de Portinari  - 1936.Acervo digital ©Projeto Portinari

Flores, de Portinari - 1943. Acervo digital ©Projeto Portinari

Menino com pião,  de Portinari  - 1947.Acervo digital ©Projeto Portinari

Espantalho, de Portinari - 1961.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.

Retrato de João Candido com Cavalo,  de Portinari - 1941.
Coleção particular, Fortaleza - CE.

Samba, de Portinari - 1956.
Acervo Banco Central do Brasil, Brasília - DF.

Serenata, de Portinari - 19
Coleção particular, São Paulo - SP.


Flautista, de Portinari  - 1957. Acervo digital ©Projeto Portinari


Pescador, de Portinari - 1939. Acervo digital ©Projeto Portinari

Espantalho, de Portinari  - 1959.
Acervo digital ©Projeto Portinari

Vaso de flores, de Portinari  - 1942. Acervo digital ©Projeto Portinari


Vaso de flores, de Portinari  - 1936. Acervo digital ©Projeto Portinari

Os Retirantes,  de Portinari - 1955.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.

Dom Quixote, de Portinari  - 1961. Acervo digital ©Projeto Portinari

Menino do tabuleiro, de Portinari. Acervo digital ©Projeto Portinari

Flautista, de  Portinari  - 1958. Acervo digital ©Projeto Portinari

Bumba-Meu-Boi, de Portinari - 1956.
Acervo Banco Central do Brasil, Brasília - DF.

“Foi em você que conseguimos a nossa expressão mais universal, e não apenas pela ressonância, mas pela natureza mesma do seu gênio criador, que, ainda que permanecesse ignorado ou negado, nos salvaria para o futuro. Você é a alegria e a honra do nosso tempo e da nossa geração. Não sei se saberia dizer-lhe isso pessoalmente, mas encho-me de coragem nesta carta para exprimir uma convicção que é de todos os seus companheiros, os quais se sentem elevados e explicados na sua obra. Sim, meu caro Candinho, foi em você que conseguimos a nossa expressão mais universal, e não apenas pela ressonância, mas pela natureza mesma de seu gênio criador, que ainda que permanecesse ignorado ou negado, nos salvaria para o futuro.”
- Carlos Drummond de Andrade, em carta a Portinari, 1946.



"Quando nós, intelectuais brasileiros, desanimamos de fazer alguma coisa que atravesse a grande muralha de silêncio atrás da qual vivemos confinados, devemos pensar em Portinari. Ele sozinho, à força de talento e trabalho, conseguiu irromper a crosta de isolamento, de ignorância, de desconhecimento que nos envolve, mostrando em Paris e New York qualquer coisa de realmente valiosa feita aqui. Machado de Assis, Villa-Lobos, Portinari. Pelo menos esses três já nos deixam tranqüilos, pois à sombra deles podemos ficar certos de que há alguém para representar o Brasil."

- Rachel de Queiroz, in: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ). Exposição Portinari: catálogo. Texto André Lentin et al. Rio de Janeiro, RJ, 1953. 51 p.il. [catálogo].


PROJETO PORTINARI
O acervo do Projeto Portinari é resultado do levantamento e catalogação de quase 5.000 obras e aproximadamente 30.000 documentos relacionados a estas obras. Entre estes documentos encontram-se: correspondências, recortes de periódicos, livros, fotografias de época, depoimentos, catálogos de exposição e de leilão, textos, entre outros.
Contatos e endereço:
Projeto Portinari – PUC-Rio
Rua Marquês De São Vicente, 225
Gávea - Rio De Janeiro - RJ
Cep: 22453-900
Tels.|Fax: 21.3527.1438 | 21.3527.1439
Tels.|Fax: 21.3527.1440 | 21.3527.1441
E-mail: pp@portinari.org.br
Site: Projeto Portinari 
:: Projeto de Restauração: Guerra e Paz, Portinari


“Considero Portinari um dos maiores pintores do nosso tempo. Sua força é enorme. Na manhã em que vi o conjunto de suas telas, experimentei tal emoção que fiquei possuído de uma verdadeira fadiga nervosa. Nessa tarde não pude trabalhar, achava-me realmente cansado.”
- René Huyghe (conservador-chefe do Museu do Louvre), in: Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ). Guerra e Paz de Portinari: painéis para a ONU. Apresentação José Carlos de Macedo Soares; introdução Fernando Alencar; texto Eugenio Luraghi et al. Rio de Janeiro, RJ, 1956. 12 p. il. [catálogo].

Painel "Guerra",  de Portinari - (1952-1956, Rio)
ONU - New York, NY

Painel "Paz", de Portinari - (1952-1956, Rio)
ONU - New York, NY

“A trajetória de Portinari é um pedaço do Brasil, de sua cultura, de sua vida e de sua história. Sempre fiel à pintura, ao Brasil e ao comunismo, Candinho pintou e recriou o nosso país, fez chegar aos nossos olhos os principais personagens populares da gesta de construção da nação, viveu e morreu das tintas e articulou estreitamente sua obra a uma visão emancipadora
da parte dos explorados e ofendidos.”
- Emir Sader, Sociólogo, cientista-político e jornalista.


"A exposição de suas obras, que se realiza atualmente em Paris (1946) mostra a diversidade, a liberdade e a força de seu gênio. Portinari é certamente o maior pintor da América Latina e um dos maiores pintores contemporâneos."
- Jean Cassou (Diretor do Museu de Arte Moderna de Paris), in: Cassou, Jean. Portinari peintre national brésilien. Arts de France, Paris, sept.1946.



MUSEU CASA DE PORTINARI
Museu Casa de Portinari, Brodowski - SP.
O Museu: Constituído de uma casa principal, dois anexos e uma capela,que abriga importantes obras de Portinari produzidas em pintura mural, nas técnicas de afresco* e têmpera, bem como estudos, objetos de uso pessoal e profissional, móveis, utensílios e documentos do artista e de sua família.
Acervo de Portinari: 33 Obras, além de estudos, mobiliário.
Serviço
Localização: Brodowski, cidade do interior paulista, a aproximadamente 330km da capital. O principal acesso é pela Rodovia Candido Portinari, entre Ribeirão Preto (23km) e Batatais (12km).
Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298 - centro
14340-000 Brodowski – SP
Telefone: (16) 3664-4284
Visitação pública: de terça a domingo, das 9 às 17h, Entrada: gratuita
Obs.: O Museu não abre de segunda-feira (exceto feriados), Natal (25/12), Confraternização Universal (01/01) e Eleições.


“Portinari não é só o maior pintor brasileiro de todos os tempos: é o exemplo único em todas as nossas artes da força do povo dominada pela disciplina do artista completo pela ciência e pelo instinto infalível do belo.Diante destes choros, destes cavalos-marinhos, que falam ao mais profundo de minh'alma de brasileiro, me sinto em estado de absoluta inibição crítica. Tudo que posso fazer é admirar.”
- Manuel Bandeira



Auto-Retrato, de Portinari - 1957.
Coleção particular, Rio de Janeiro - RJ.
REFERÊNCIAS E OUTRAS FONTES DE PESQUISA


Desenhos, fotos, imagens, pinturas e iconografia



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© Pesquisa, seleção e organização: Elfi Kürten Fenske


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Como citar:
FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização). Cândido Portinari - a alma, o povo e a vida. Templo Cultural Delfos, fevereiro/2011. Disponível no link. (acessado em .../.../...).
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Página atualizada em 17.5.2014.




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‘Yearning for a more beautiful world’: Pre-Raphaelite and Symbolist works from the collection of Isabel Goldsmith

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