Sunday 5 May 2013

poética de Henry Bill Mc Quade Junior


Soneto da Tristeza Abismal 
Por:  Henry Bill Mc Quade Junior

 Uma dor torpe me assola, um sentimento vil me acompanha
 Uma tristeza profunda, uma solidão abismal me consome
 Perdido nos escombros desse amor minha alma inflama
 Meu coração despedaça e minha alegria some

 Atitudes ignóbil de caráter mórbido e sombrio
 Ignorância, indiferença, desmonte de sonhos
 Desilusões de um amor falso e senil
 Velhas estruturas, surpresas e assombros

 Como entender tais atitudes?
 Entranhas escolhas, inconstância e vicissitudes
 Contraditório e estéril, de essência fugaz e sem brio
 Amar com intensidade e mesmo assim sentir vazio

 É minha sina ser intenso e profundo
 Conflitivo e combatendo as injustiças deste mundo
 Transformar a todo instante, transcender e aprender
 Viver pelo sonho e com dignidade poder morrer

 Transparência e clareza de um ser cognoscível
 Não me escondo da realidade que me cerca
 Nem pretendo que meu passado seja invisível
 Não me envergonho de atitude, seja errada ou seja certa

 Aperto a realidade mesmo sabendo o que me aperta
 O respeito, carinho e amor deixam sempre a porta aberta
 Atitude indiferente e egoísta não creio ser esperta
 Mato uma flor mesmo arrancando uma simples pétala.




O Tudo do Nada Rebuscado 
Por: Henry Bill Mc Quade Junior

            As flores mortas decoram o ambiente
            O salão nobre percorre a mente
            Entre as peripécias dos presentes
            Os cupins devoram as madeiras
            Adornos rebuscados entalhes decadentes

            Das posturas fúnebre tortura
            Dos olhares tortos os padrões dos mortos
            A postura encanta a já caída planta
            A rosa sem orvalho
            Triste fim do saboroso carvalho

            Olhar e já não ver
            Escutar e nada crer
            Estar e o temer
            Olhar e o querer
            Se afundar nas estruturas de poder

            As badaladas e estradas das luas ensolaradas
            As longas madrugadas, pegadas e ceifadas
            O conhecimento entorta a caminhada
            Embriaga os bestializados e bilontras
            O tudo onde nada conta....

(*) OBS DA MIMI
"O tudo do nada rebuscado" é um poema que foi escrito durante a minha palestra na UNISUL, Tubarão, SC na temática da educação ambiental e fenomenologia. OBRIGADA HENRY!!! (abril de 2013).


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