AUTORIA DE ALLISON ISHY
meu irmão de coração
e nem dá pra descrever o tamnho da felicidade ao chegar no finzinho e descobrir esta homenagem! OBRIGADA MANINHO!! AMEI, ADOREI, VIBREI, CHOREI EMOCIONADA!
........................
A LENDA DA PRINCESA DO ORIENTE
Na noite de outono,
Quando tudo era mais seco e queimava pele no vento frio,
Quando os bichos se enganam se já principiou o inverno,
Porque nos últimos ciclos os tempos já começaram a mudar,
Houve uma coruja professora que assistia do alto do carvalho, sua casa, o tumulto.
Formigas, cupins, cigarras, abelhas, vespeiros, veados, peixes, as gritantes araras e até mesmo as doces ariraranhas, já se desentendiam porque não conseguiam distinguir as estações do ano.
A coruja, havia mais acumulado sabedorias de todos tipos, que pegara um tacho que fizera no carvalho e ali tinha misturado secretamente pequenas porções de cada verdade encontrada.
Daí, quando os bichos já não se entediam por boas palavras, a dona coruja gritou lá do alto: Grow! Curto e breve, mas vibrou, vibrou!
Silêncio na floresta...
Dona coruja, mestra coruja, limpava seus óculos nas brilhantes penas, segurando as lentes com uma asa e levando contra o peito macio, e uma leve baforada, pronto, mirou todos lá embaixo:
"Vamo fazê silêncio que muito barulho nem resolve nem finda, só estremece minha paz!"
Mas indignado o puma negro já se preparava para surpreender dona Coruja começando a cochilar... mal deu seu primeiro ronquinho, quando o felino estava a ponto de pular, que seu ronquinho, como mal era esperado, saiu tão alto e tão forte e tão bravo, que ao pobre puma não restou senão chorar e fugir tremendo com rabo entre as pernas, envergonhado de sonhar que sendo maior e mais forte poderia ter poder tão forte no verbo. Que vergonha! E ele, como é da natureza natural donde os homens haviam declarado independência sem porquês, mas não os pumas e demais animais, então o felino foi fazer matrícula na escola da dona Coruja. Menos mal ou melhor bem então que o Puma foi aprender, e que benevolência da dona Coruja, que num simples roncão fez um puma querer aprender com ela! Puxa, que lições da natureza!
Então dona Coruja já ia suspirar, mas viu os olhinhos temerosos de toda floresta que agora quase iam cair em lágrimas de crianças apanhadas no flagra das artices da perfeita infância.
Então a professora disse: Que te importam as estações e o tempo quando nem entre si se entendem e se respeitam e se amam?
Que poderia resultar disso senão o próprio rancor e ódio e dores não necessárias em teus corações? E isto nada resulta de alimentos para nossas famílias e amigos. Muito menos méritos para nossos inimigos, porque ninguém pode dizer que é dono da verdade quando nem sabe o que é isto, porque nem tem certeza de qual estação será e em qual tempo virá. Oras bolinhas!
Báaaa, dizia a hiena, pois que ela ria mesmo, já que não precisava se preocupar com a morte, pois a morte era sua oportunidade sábia de vida.
Para finalizar, dona coruja olhou só pra dona hiena, e, em câmera lenta, foi levando aquelas asas mestras e tirando seus óculos, e fez aquele olhar de uma sobrancelha levantada. Puft, a hiena riu super sem graça e seu sorriso amarelo saiu e preferiu nem olhar a platéia, tamanha vergonha de sua ignorância. Pois ela suspirava pela morte de seus amigos e de suas famílias? Bem, que ela suspirasse de amore pela morte que não se evita e que antes suspirava pelas mortes doloridas e saudosas de amigos e com isso se alimentava deles com a sagrada missão de empresar alimento de almas queridas, que nas suas mortes, alimentavam sua vida. E era grata agora, que entendia que ética seria essa que dona Coruja falava há tantas estações mas poucos, muito poucos até então tinham compreendido essas sapiências corujinianas. E agora riu perfeita, e todos aplaudiram, mas a hiena não agradeceu nem se enrubeceu, porque não merecia, só riu porque achou graça que só com um olhar da profa Coruja, a hiena que antes ria esquisito, agora ria com perfeição de entendimento divinal.
E pronto, findo o olhar silencioso e terrível como a tempestade, sorriu a coruja e finalizou aquilo tudo:
"Báaa digo eu meus amiguinhos e amiguinhas, eu nada sei, só sei que se forem meus amigos e tiver alimentos no inverno, e acharem que fosse verão, e se a família dos répteis me viesse pedir, eu daria e compartilharia, e se a família das aranhas viesse e me pedisse um teto porque não sabiam que era época das chuvas e não da primavera, e se outros assim se enganassem, mas cada um no seu próprio engano fosse justo e amoroso, então teríamos algumas famílias pensando que seria verão, outras inverno, e outras outono, e outras na primavera. Pois tudo assim equilibrado, iniciado com essa confusão, mas na paz entre nós, é porque deve ser coisa de Deus, porque se não tem explicação ainda encontrada, deve ter alguma perfeição pois tudo é criado à imagem e semelhança de Deus não é filhinhos e filhinhas?"
"Aaaaaahh, sim! Sábia coruja!"
E a Coruja virou o pescocinho, torcendo-o rapidamente e fecho os olhos como quem desdenhou o título de Sábia e percussionou no bico e no gogó: TSC TSC! (E pensava: Nada a ver, tudo é Deus, e se nada der de sabedorias para meus queridos, nada posso esperar, mas ainda assim aprendi que Deus tem regras e tem esperações nobres de seus filhos, como um Pai).
E um burburinho começou a substituir aquela antes gritaria e desentendimento total. Daí as famílias começaram a se organizar por amor de perpetuar suas espécies. Ao principante estudante poderia parecer um bem querer mais de egoísmo de que de amor verdadeiro.
Mas dona Coruja, então, com aquele soninho bom, deu um bocejo, e olhou lá do carvalho com amor seus filhinhos. E eram filhinhos e irmãos e primos e amigos, todos. E agora entendiam que mesmo se tiverem se enganado, mesmo se Deus, por obra de imaginação de Diabo, quisesse enganá-los, na amizade e no amor de cada um compartilhariam seus alimentos, e juntas as famílias também poderiam compartilhar amizades e outras nobrezas que não se pega nem se guarda nem se vê, que são coisas invisíveis que são entendíveis pelo coração puro.
Assim, a Coruja despertou mas nunca contou a ninguém.
Porque se É o que É e o que sempre foi.
Algo assim, se parece com aqueles romances que nos ferem o coração de tanta perfeição de um dia também sentir algo semelhante em si. Buscar o ferimento e aquelas dores que levam ao amor de Romeu e Julieta ou de Francisco e Clara ou dos professores com seus alunos ou dos pais com seus filhos ou das crianças.
Aquela coruja, quando foi despertando e viu que pelo menos a natureza entendia e recebia com grado aquelas sabedorias que a mestra havia coletado com carinho e paciência, haveria de nascer como uma linda princesa, que os pais deram nome aqui de Michèle, e o acento ao contrário revelou aquela sobrancelha outrERA franzida, da ave sábia, porque agora nem olhar sisudo, nem preocupações desnecessárias, sua missão é humana, e é com seus iguais, e agora ela fala docemente, e compartilha nas gentes sonhos de crianças, sonhos de poetas, sonhos de gente cor-de-canela que por antes do branco chegar já sorviam nectar dos amores inefáveis com a natureza.
E dizem que a tal Mimi, com acento ao contrário, tem dom de fazer aquele amor que sempre cresceu, enobreceu e se aperfeiçoou beijar os corações dos humanos.
Amor, amor, amor!
Eis a nobre e mais deliciosa e melhor recompensa para quem almeja trabalhar, ensinar, viver, inspirar... ALIMENTAR!
(À Michèle Sato, feliz irmazinha que nos olhos de flor do Oriente vive o calor das terras de Cuiabá - MT)
Allison Ishy
Campo Grande, MS
*
meu irmão de coração
e nem dá pra descrever o tamnho da felicidade ao chegar no finzinho e descobrir esta homenagem! OBRIGADA MANINHO!! AMEI, ADOREI, VIBREI, CHOREI EMOCIONADA!
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A LENDA DA PRINCESA DO ORIENTE
Na noite de outono,
Quando tudo era mais seco e queimava pele no vento frio,
Quando os bichos se enganam se já principiou o inverno,
Porque nos últimos ciclos os tempos já começaram a mudar,
Houve uma coruja professora que assistia do alto do carvalho, sua casa, o tumulto.
Formigas, cupins, cigarras, abelhas, vespeiros, veados, peixes, as gritantes araras e até mesmo as doces ariraranhas, já se desentendiam porque não conseguiam distinguir as estações do ano.
A coruja, havia mais acumulado sabedorias de todos tipos, que pegara um tacho que fizera no carvalho e ali tinha misturado secretamente pequenas porções de cada verdade encontrada.
Daí, quando os bichos já não se entediam por boas palavras, a dona coruja gritou lá do alto: Grow! Curto e breve, mas vibrou, vibrou!
Silêncio na floresta...
Dona coruja, mestra coruja, limpava seus óculos nas brilhantes penas, segurando as lentes com uma asa e levando contra o peito macio, e uma leve baforada, pronto, mirou todos lá embaixo:
"Vamo fazê silêncio que muito barulho nem resolve nem finda, só estremece minha paz!"
Mas indignado o puma negro já se preparava para surpreender dona Coruja começando a cochilar... mal deu seu primeiro ronquinho, quando o felino estava a ponto de pular, que seu ronquinho, como mal era esperado, saiu tão alto e tão forte e tão bravo, que ao pobre puma não restou senão chorar e fugir tremendo com rabo entre as pernas, envergonhado de sonhar que sendo maior e mais forte poderia ter poder tão forte no verbo. Que vergonha! E ele, como é da natureza natural donde os homens haviam declarado independência sem porquês, mas não os pumas e demais animais, então o felino foi fazer matrícula na escola da dona Coruja. Menos mal ou melhor bem então que o Puma foi aprender, e que benevolência da dona Coruja, que num simples roncão fez um puma querer aprender com ela! Puxa, que lições da natureza!
Então dona Coruja já ia suspirar, mas viu os olhinhos temerosos de toda floresta que agora quase iam cair em lágrimas de crianças apanhadas no flagra das artices da perfeita infância.
Então a professora disse: Que te importam as estações e o tempo quando nem entre si se entendem e se respeitam e se amam?
Que poderia resultar disso senão o próprio rancor e ódio e dores não necessárias em teus corações? E isto nada resulta de alimentos para nossas famílias e amigos. Muito menos méritos para nossos inimigos, porque ninguém pode dizer que é dono da verdade quando nem sabe o que é isto, porque nem tem certeza de qual estação será e em qual tempo virá. Oras bolinhas!
Báaaa, dizia a hiena, pois que ela ria mesmo, já que não precisava se preocupar com a morte, pois a morte era sua oportunidade sábia de vida.
Para finalizar, dona coruja olhou só pra dona hiena, e, em câmera lenta, foi levando aquelas asas mestras e tirando seus óculos, e fez aquele olhar de uma sobrancelha levantada. Puft, a hiena riu super sem graça e seu sorriso amarelo saiu e preferiu nem olhar a platéia, tamanha vergonha de sua ignorância. Pois ela suspirava pela morte de seus amigos e de suas famílias? Bem, que ela suspirasse de amore pela morte que não se evita e que antes suspirava pelas mortes doloridas e saudosas de amigos e com isso se alimentava deles com a sagrada missão de empresar alimento de almas queridas, que nas suas mortes, alimentavam sua vida. E era grata agora, que entendia que ética seria essa que dona Coruja falava há tantas estações mas poucos, muito poucos até então tinham compreendido essas sapiências corujinianas. E agora riu perfeita, e todos aplaudiram, mas a hiena não agradeceu nem se enrubeceu, porque não merecia, só riu porque achou graça que só com um olhar da profa Coruja, a hiena que antes ria esquisito, agora ria com perfeição de entendimento divinal.
E pronto, findo o olhar silencioso e terrível como a tempestade, sorriu a coruja e finalizou aquilo tudo:
"Báaa digo eu meus amiguinhos e amiguinhas, eu nada sei, só sei que se forem meus amigos e tiver alimentos no inverno, e acharem que fosse verão, e se a família dos répteis me viesse pedir, eu daria e compartilharia, e se a família das aranhas viesse e me pedisse um teto porque não sabiam que era época das chuvas e não da primavera, e se outros assim se enganassem, mas cada um no seu próprio engano fosse justo e amoroso, então teríamos algumas famílias pensando que seria verão, outras inverno, e outras outono, e outras na primavera. Pois tudo assim equilibrado, iniciado com essa confusão, mas na paz entre nós, é porque deve ser coisa de Deus, porque se não tem explicação ainda encontrada, deve ter alguma perfeição pois tudo é criado à imagem e semelhança de Deus não é filhinhos e filhinhas?"
"Aaaaaahh, sim! Sábia coruja!"
E a Coruja virou o pescocinho, torcendo-o rapidamente e fecho os olhos como quem desdenhou o título de Sábia e percussionou no bico e no gogó: TSC TSC! (E pensava: Nada a ver, tudo é Deus, e se nada der de sabedorias para meus queridos, nada posso esperar, mas ainda assim aprendi que Deus tem regras e tem esperações nobres de seus filhos, como um Pai).
E um burburinho começou a substituir aquela antes gritaria e desentendimento total. Daí as famílias começaram a se organizar por amor de perpetuar suas espécies. Ao principante estudante poderia parecer um bem querer mais de egoísmo de que de amor verdadeiro.
Mas dona Coruja, então, com aquele soninho bom, deu um bocejo, e olhou lá do carvalho com amor seus filhinhos. E eram filhinhos e irmãos e primos e amigos, todos. E agora entendiam que mesmo se tiverem se enganado, mesmo se Deus, por obra de imaginação de Diabo, quisesse enganá-los, na amizade e no amor de cada um compartilhariam seus alimentos, e juntas as famílias também poderiam compartilhar amizades e outras nobrezas que não se pega nem se guarda nem se vê, que são coisas invisíveis que são entendíveis pelo coração puro.
Assim, a Coruja despertou mas nunca contou a ninguém.
Porque se É o que É e o que sempre foi.
Algo assim, se parece com aqueles romances que nos ferem o coração de tanta perfeição de um dia também sentir algo semelhante em si. Buscar o ferimento e aquelas dores que levam ao amor de Romeu e Julieta ou de Francisco e Clara ou dos professores com seus alunos ou dos pais com seus filhos ou das crianças.
Aquela coruja, quando foi despertando e viu que pelo menos a natureza entendia e recebia com grado aquelas sabedorias que a mestra havia coletado com carinho e paciência, haveria de nascer como uma linda princesa, que os pais deram nome aqui de Michèle, e o acento ao contrário revelou aquela sobrancelha outrERA franzida, da ave sábia, porque agora nem olhar sisudo, nem preocupações desnecessárias, sua missão é humana, e é com seus iguais, e agora ela fala docemente, e compartilha nas gentes sonhos de crianças, sonhos de poetas, sonhos de gente cor-de-canela que por antes do branco chegar já sorviam nectar dos amores inefáveis com a natureza.
E dizem que a tal Mimi, com acento ao contrário, tem dom de fazer aquele amor que sempre cresceu, enobreceu e se aperfeiçoou beijar os corações dos humanos.
Amor, amor, amor!
Eis a nobre e mais deliciosa e melhor recompensa para quem almeja trabalhar, ensinar, viver, inspirar... ALIMENTAR!
(À Michèle Sato, feliz irmazinha que nos olhos de flor do Oriente vive o calor das terras de Cuiabá - MT)
Allison Ishy
Campo Grande, MS
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