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Saturday, 18 July 2020

O efeito caótico das fake news como armas poderosas

PNB online
https://www.pnbonline.com.br/geral/o-efeito-caa-tico-das-fake-news-como-armas-poderosas/68085?fbclid=IwAR0HEofOgTgFjVXyZqlzq7z-sxB6zmKXE2ivRFshZ0pip1wg2MwL0NVFOzQ


GeralSexta-Feira, 17 de Julho de 2020, 14h:29 | - A | + A


PANDEMIA

O efeito caótico das fake news como armas poderosas

Déborah Santos e Michèle Sato, do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da UFMT, afirmam que as notícias falsas obstruem o papel da imprensa.

da Redação

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Celular máscara coronavírus

 

No Brasil, a pandemia do novo coronavírus em pouco mais de 120 dias trouxe à tona uma série de fenômenos sociais que revela a utilização das fake news (notícias falsas) na tática que os cientistas definem como “Revolução Colorida”. De acordo com as pesquisadoras do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Déborah Santos e Michèle Sato, as fake news são uma arma poderosa nessa revolução.

 

“As redes sociais aceleram a articulação para que a Revolução Colorida ocorra com mais vigor. Elas possibilitam que pessoas se reúnam de modo muito ágil fomentando a formação de enxames. As chamadas fake-news são verdadeiras armas coloridas, que obstruem o papel da imprensa séria, confundindo datas de eventos, fotografias, narrativas e invenções que objetivam desmoralizar as pessoas, denegrir as ciências ou caluniar a seriedade do jornalismo investigativo”, descrevem as pesquisadoras no artigo “Guerras Híbridas: para além do verde e amarelo”. 

 

O grupo de pesquisa da UFMT fez uma contextualização do atual cenário brasileiro a partir do livro “Guerras híbridas – das revoluções coloridas aos golpes”, do jornalista Andrew Korybko, que entre outras coisas analisa os conflitos entre Estados Unidos, Rússia e China. “Em meio ao caótico em que as guerras hibridas se estruturam, certos governos se mantêm no poder com auxílio da disseminação de fake-news, como é o caso do presidente Jair Bolsonaro, que comanda o país destruindo a natureza e a sociedade brasileira. Cultura e ambiente são dimensões intrínsecas do planeta, que na pandemia, mostraram a tragédia e o abismo social: ao desmatar as florestas, o vírus foi liberto, e se o contágio da covid-19 foi grande entre os ricos, a morte está presente nas periferias”, aponta o estudo. 

“As chamadas fake-news são verdadeiras armas coloridas, que obstruem o papel da imprensa séria, confundindo datas de eventos, fotografias, narrativas e invenções que objetivam desmoralizar as pessoas, denegrir as ciências ou caluniar a seriedade do jornalismo investigativo”

 

“Guerras Híbridas: a Revolução Colorida e a Guerra Não Convencional - ambas visam a instauração do golpe e a troca de regime político”, segundo definição de Andrew Korybko, em 2015. Ou seja, historicamente as “revoluções coloridas têm auxiliado a instaurar o golpe brando e caso este não seja suficiente para concretizar a troca de governo, a guerra não convencional auxilia a concretizar o golpe rígido”, afirmam as pesquisadoras do GPEA. 

 

Déborah Santos e Michèle Sato avaliam que as guerras indiretas têm sido amplamente usadas pelos Estados Unidos para desestabilizar e minar os países que não estão alinhados com a política imperialista, usando estratégias capazes de derrotar o inimigo sem utilizar armas convencionais e sem enfrentá-lo diretamente. “São as armas coloridas que vieram para confundir, criar conflitos, gerar inseguranças e raiva, fazendo com que as pessoas percam confiança nas ciências, nas notícias sérias ou até da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, alertam as pesquisadoras. 

"Diversas zoonoses ocorreram destes ambientes invadidos, e assim a covid-19 não se limita a ser uma pandemia sanitária, mas ela é oriunda de uma crise global de queima e de colapso climático".

 

Pandemia 

 

A pandemia do novo coronavírus associada à disseminação das fake news tem um resultado dramático na sociedade. “É surpreendente o número de notícias falsas que vem trazendo conflitos, causando discórdias, dúvidas e inseguranças neste mundo ameaçado pela crise climática, originária da forte industrialização, da pesada mecanização da agricultura e dos modelos consumistas de vida que seduziram a sociedade por meio da palavra ‘desenvolvimento’. Por intermédio ‘desta ordem e deste progresso’ foi estabelecida uma hierarquia que o humano poderia dominar a terra, devastando florestas, poluindo ares, destruindo rios e matando vidas”, ressaltou Michèle Sato ao lembrar da análise feita por ela em entrevista ao PNB Online sobre o assunto em maio deste ano. 

 

Leia mais: "Mundo será igual se o ser humano não aprender", alerta pesquisadora para o pós-pandemia 

 

 

Veja o artigo na íntegra:

 

GUERRAS HÍBRIDAS: PARA ALÉM DE VERDE E AMARELO

 

Déborah Santos e Michèle Sato

GPEA-UFMT

 

É surpreendente o número de notícias falsas (fake-news) que vem trazendo conflitos, causando discórdias, dúvidas e inseguranças neste mundo ameaçado pela crise climática, originária da forte industrialização, da pesada mecanização da agricultura e dos modelos consumistas de vida que seduziram a sociedade por meio da palavra “desenvolvimento”. Por intermédio “desta ordem e deste progresso” foi estabelecida uma hierarquia que o humano poderia dominar a terra, devastando florestas, poluindo ares, destruindo rios e matando vidas.

 

A invasão nestes territórios, fez com que o humano tivesse contato com seres que estavam ajustados com a natureza, numa dinâmica da ecologia. Façamos um mea culpa em assumir que as ciências auxiliaram este desenvolvimento, trazendo a falsa ilusão de que o vencedor será aquele com mais moedas. Diversas zoonoses ocorreram destes ambientes invadidos e as próximas pandemias podem surgir do degelo dos polos, ou da floresta Amazônica. Assim, a Covid-19 não se limita a ser uma pandemia “sanitária”, mas ela é oriunda de uma crise global de queima e de colapso climático.

 

Contudo, muitos negam que o ser humano interfere no clima. Assim como negam o desempenho das vacinas e, muito terrivelmente, depreciam as ciências e negam que uma pandemia se alastra no globo, eliminando milhões de vidas. Este “negacionismo” não se limita à Terra plana, mas tem raízes no que Korybko (2015) intitula de “GUERRAS HÍBRIDAS E ARMAS COLORIDAS”.

 

As guerras híbridas, ou indiretas, têm sido amplamente usadas pelos Estados Unidos da América (EUA) para desestabilizar e minar os países que não estão alinhados com a política imperialista, usando estratégias capazes de derrotar o inimigo sem utilizar as armas convencionais e sem enfrentá-lo diretamente. Esse tipo de evento é difícil de identificar por se apresentar irregular, indireto e não linear (KORYBKO, 2015). São as armas coloridas que vieram para confundir, criar conflitos, gerar inseguranças e ira, fazendo com que as pessoas percam confiança nas ciências, nas notícias sérias ou até da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

 

Duas estratégias são utilizadas nessas Guerras Hibridas: a Revolução Colorida e a Guerra Não Convencional - ambas visam a instauração do golpe e a troca de regime político. De acordo com Korybko (2015), historicamente as Revoluções Coloridas têm auxiliado a instaurar o golpe brando e caso este não seja suficiente para concretizar a troca de governo, a Guerra Não Convencional auxilia a concretizar o golpe rígido.

 

Dentre essas dimensões, as redes sociais aceleram a articulação para que a Revolução Colorida ocorra com mais vigor, elas possibilitam que pessoas se reúnam de modo muito ágil fomentando a formação de enxames. As chamados fake-news são verdadeiras armas coloridas, que obstrui o papel da imprensa séria, confundindo datas de eventos, fotografias, narrativas e invenções que objetivam desmoralizar as pessoas, denegrir as ciências ou caluniar a seriedade do jornalismo investigativo.

 

Em meio ao caótico em que as guerras hibridas se estruturam, certos governos se mantêm no poder, com auxílio da disseminação de fake-news, como é o caso do Bolsonaro, que comanda o país destruindo a natureza e a sociedade brasileira. Cultura e ambiente são dimensões intrínsecas do planeta, que na pandemia, mostraram a tragédia ecológica e o abismo social: ao desmatar as florestas, o vírus foi liberto, e se o contágio da Covid-19 foi grande entre os ricos, a morte está muito mais presente nas periferias.

 

Referência

KORYBKO, Andrew. Guerras Híbridas: a abordagem adaptativa indireta com vistas à troca de regime. 2015.

 

Déborah Santos e Michèle Sato são pesquisadoras do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da UFMT.

Saturday, 21 October 2017

Café gourmet

https://www.graogourmet.com/blog/contos-cafeinados-michele/?mc_cid=2c24860a74&mc_eid=fdd25506eb

O conto de hoje foi enviado por uma assinante do Grão Gourmet, que, além de professora, é poeta 😉

Café gourmet

Contos cafeinados Michèle Sato

– Rúbia está demorando… O que será que houve?
Pensava Oliver, preocupado com a demora de sua esposa. O céu iniciava sua metamorfose, nos ventos fortes que traziam as nuvens carregadas. A possível chuva que era tão bem-vinda, de repente tomou a forma de um obstáculo frente a ausência da mulher daquela pequena casa.
Eles moravam longe dos aglomerados urbanos, por escolha própria de quem queria mais bem-viver. Uma casa modesta, com suficientes coisas, objetos ou utilidades que os faziam felizes, sem necessidade das compras compulsivas, possivelmente responsáveis pelas grandes mudanças civilizatórias. As nuvens que lá surgiam eram como a tela do René Magritte, inspiravam a vida com toque de arte e poesia.
Mas Rúbia demorava. O celular não chamava, embora ele tivesse feito a tentativa de ligar, de enviar mensagens, e de entrar em contato. Mas era um lugar sem muito acesso à internet, especialmente quando havia ameaças de chuvas. Sem muito o que fazer, ligou o fogão e aqueceu a água. No ritual cotidiano, pegou o café e só então a memória veio povoar o momento.
O aroma aveludado entrava nas narinas como labirintos pretéritos, recheados de ações que tinham ocorrido, contudo havia uma projeção do futuro. Reviver a memória, de fato era uma redescoberta, um novo momento de olhar para a frente, enfeitando o horizonte futuro. Ali brincando com a memória, descobriu que as nuvens se desmanchavam em chuvas torrenciais, obrigando-o a fechar as portas e janelas. Com a casa fechada, parecia que a fragrância do café brincava com a memória de forma mais intensiva. As pequenas fumaças de vapor dançavam no ar, ao som do barulho das chuvas. E o aveludado sabor daquele café trazia também o cheiro de vida.
Oliver estava embalado pelo perfume do café, vendo as danças das fumacinhas bailarinas, degustando um sabor que misturava lembranças passadas com planos do amanhã. A magia do café se explodia nas texturas da vida e ele não sabe quanto tempo ficou assim meio embriagado, entre as saudades pretéritas e as esperanças do amanhã.
Michèle Sato – Professora da UFMT e poeta
PS: o desfecho do conto é por conta (e risco) de cada leitor.
Se você também tem uma história bacana sobre café e gostaria de vê-la publicada, mande seu conto para contato@graogourmet.com.

Thursday, 13 July 2017

abril 2017

mimi, na companhia do luigi
hospital são mateus
abril 2017

paisagem

caracol

instituto caracol

esperança (para luigi)

pai (para juciele)

pigmentos (para lushi)

rabbit moon
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Wednesday, 21 September 2016

arte mimi: série CAMPO

arte da Mimi
série CAMPO
setembro 2016

Série CAMPO nº 1
Michèle Sato
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Série CAMPO nº 2
Michèle Sato
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Série CAMPO nº 3
Michèle Sato
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Série CAMPO nº 4
Michèle Sato
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arte mimi: série aquamulher

arte da Mimi
série AQUAMULHER
setembro 2016

AquaMulher nº 1
Michèle Sato
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AquaMulher nº 2
Michèle Sato
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AquaMulher nº 3
Michèle Sato
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AquaMulher nº 4
Michèle Sato
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AquaMulher nº 5
Michèle Sato
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AquaMulher nº 6
Michèle Sato
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Wednesday, 12 March 2014

Simpósio Políticas Públicas de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis - MIMI


A educadora ambiental e poeta Michèle Sato, uma das palestrantes doSimpósio PPEA, também deixou seu recado especial! Que tal você também desenhar e fotografar o que pensa sobre isso, e publicar no mural do Simpósio Políticas Públicas de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, que ocorre em Piracicaba - SP, em maio de 2014. Faça parte desse mosaico de ideias!
www.simposioppea.wordpress.com


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Sunday, 5 May 2013

fleurs nadja & mimi



Nadja: le fleurs du amants

NADJA, um grande amor de André Breton, ainda permanece enigmática na história do surrealismo. Mas nas breves informações que temos dela, por meio do livro publicado pelo Breton, Nadja deixou o desenho "flor dos amantes" (les fleurs du amants) como retratam os 2 pares de olhos que se entrecruzam surrealmente na serpente. Foi este "encantamento" (enchantement) que me inspirou na representação do provérbio pantaneiro:

Há mais olhos na água 
do que cabelo na terra.

mimi: le fleur de nadja
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ensaios fotográficos da mimi

ensaio imagético num delicioso passeio com a minha amiga querida, fátima marcomim.

mimi
abril 2013
terma, tubarão, SC

mimi: solidão

mimi: fruto proibido

mimi: diferentes

mimi: brisa e flor
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‘Yearning for a more beautiful world’: Pre-Raphaelite and Symbolist works from the collection of Isabel Goldsmith

https://www.christies.com/features/pre-raphaelite-works-owned-by-isabel-goldsmith-12365-3.aspx?sc_lang=en&cid=EM_EMLcontent04144C16Secti...